Original em inglês: https://nordicmodelnow.org/facts-about-prostitution/fact-prostitution-is-inherently-violent/
Prostituição é inerentemente violenta porque, por definição, envolve sexo não desejado.
Quando as duas partes de fato querem sexo, ninguém precisa ser pago, porque sexo é uma daquelas circunstâncias em que é a própria recompensa.
Então se uma das partes é paga, implica-se que ela realmente não quer. E fazer sexo sem querer é uma violação da integridade e dignidade de um ser humano. Então temos aqui que, no cerne, a prostituição é uma violência.
Mas a violência não termina aqui.
O cliente não quer que ela simplesmente tolere suas mãos por todo o corpo dela, seu hálito repugnante na face dela, seu suor rançoso contra a pele dela, seu pênis batendo nos orifícios dela.
Não. Ele também quer que ela mostre à ele que ela está gostando. Porque isso é parte do contrato também. O fingimento que ela está gostando. O fingimento que deve ser tão minucioso, que ele quase pode acreditar.
Então ela não apenas tem que suportar a invasão dele em seu corpo e seus locais mais íntimos, mas ela também tem que agir como se estivesse gostando. Isto é uma forma de violência psicológica.
E se ela não conseguir, o fingimento? O que acontece?
Bem, isso é quando ele pode se tornar fisicamente violento. Ou ele pode se tornar fisicamente violento de qualquer maneira, não importa o quanto ela tente fingir. Porque ele pode ser um sádico. Ou estar tendo um dia ruim.
Os pesquisadores que conduziram um estudo peer-reviewed em nove países entrevistaram 854 pessoas prostituídas, que relataram uma quantidade impressionante de violência física dentro da prostituição. Por exemplo, 64% haviam sido ameaçadas com uma arma, 73% tinham sido agredidas fisicamente, e 57% tinham sido violadas (que, neste contexto, significa sexo não desejado para os quais não foram pagos).
“Eu sou uma sobrevivente. E eu posso dizer com autoridade que o NÃO, o sexo não vale a pena comprar. No processo de vender o meu corpo, eu foi baleada cinco vezes , esfaqueada mais de 13 vezes, espancada até ficar inconsciente várias vezes , tive meu braço e nariz quebrado, tive dois dentes arrancados, perdi um filho que eu nunca vou ver de novo, fui verbalmente abusada, e passei incontáveis dias na cadeia . ”
Dos 57% (483 pessoas) que tinham sido violadas na prostituição, 41% (286 pessoas) havia sido estupradas na prostituição 6 ou mais vezes. Outros estudos encontraram resultados parecidos e o testemunho de sobreviventes da prostituição conta a mesma história.
Algumas pessoas argumentam que a legalização (ou descriminalização total do comércio do sexo) torna a prostituição mais segura. Mas a verdade é que nada pode fazer a prostituição segura. Assim como a regulação não faz a mulher ficar à salvo de doenças sexualmente transmissíveis, a legalização não faz as mulheres salvo da violência do comprador. Porque a violência é inerente à prostituição. Podemos ver isso nas estatísticas de homicídio. Mulheres prostituídas têm uma taxa extremamente alta de serem assassinadas. Principalmente por clientes e cafetões .
A figura a seguir mostra os números de assassinatos conhecidos de mulheres prostituídas em quatro países europeus, dos quais três (Alemanha, Espanha, Países Baixos ) têm alguma forma de prostituição legalizada e um, Suécia, tem o modelo nórdico.
Enquanto o modelo nórdico não faz seguro a prostituição, faz reduzir a quantidade de prostituição que ocorre e, portanto, o número de novas mulheres que estão sendo atraídos para ela. O modelo nórdico também oferece rotas para fora para aquelas mulheres incorporada. As estatísticas de homicídio suecas provam de que esta abordagem funciona. Corpos mortos não mentem.
País | Abordagem | Estatísticas | Referências |
Suíça | Modelo Nórdico | 1 assassinato em 16 anos | Remembering the murdered women erased by the pro-sex work agenda |
Holanda | Legalização | 127 assassinatos em 30 anos | Cold case team identifies possible prostitutes serial killer |
Espanha | Legalização | 31 assassinatos em 5 anos | Feminicidio en el sistema prostitucional del Estado español. Víctimas 2010-2015: 31 mujeres asesinadas |
Alemanha | Legalização | 69 assassinatos, 28 tentativas de assassinatos, 2 desaparecimento em 13 anos | Numbers don’t lie / Sex Industry Kills |
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